Vidinha...

Olá pessoal... obrigado a todos que tem acompanhado minhas humildes redações!!!!!
Gostaria de pedir desculpas a todos diante da vidinha que tenho levado sem tempo... é estudo, obrigações, necessidades enfim são tantas coisas que ta faltando tempo pra escrever algo pro blog!!!
Logo, logo estarei postando algo bom pra todos que gostam do INUIT.... obrigado a compreensão de todos e fiquem na PAZ!!!! Até mais!!!

O temporal


“Pra sermos libertos temos que provar da ironia de que: é encarando nossos medos que vencemos os temores”

O temporal

O céu está nublado e um vento vindo do norte começa a assoprar. Nunca fui fã de Sol e climas quentes, confesso que sempre desejei morar em países frios, mas nunca me senti bem em temporais. Sem receio falo que me apavoro facilmente com os trovões e tranco-me no quarto até que tudo se acalme. Mas naquele dia resolvi fazer diferente, resolvi fazer o inverso, resolvi encarar meus temores.

Logo, logo a chuva caiu , aproveitei o momento e subi as escadas de minha casa em direção a varanda, mas chegando à porta abri e fechei, admito que temi, pensei duas vezes, analisei se não estava apenas empolgado e não decidido, porem pra não dar vazão a esses pensamentos que me desanimavam liguei o mp3 e abri de vez a porta, entrei na varanda sentindo um certo frio na barriga, enquanto nos ouvidos soava a música ALL STAR(Nando Reis) era um misto de romance com paura e eu até que estava me saindo bem diante de meus traumas.

A varanda não era muito grande, tinha aproximadamente uma distancia entre dois postes, digamos que dez metros e com seu um metro laterais formavam dez metros quadrados o que a tornava muito estreita mas no momento estava tudo bem cômodo pra min, o espaço era o que menos me importava naquele dia. Quando as trovoadas começaram encostei meu braço na varanda e analisei a rua, conseguia enxergar um caminhão amarelo com uma caçamba antiga parada em frente a minha casa, algumas pessoas caminhavam tranquilamente porem apressadas com seus guarda-chuvas e isso tudo era notório naquela rua de paralelepípedo típica de interior, mas nada disso prendeu minha atenção por muito tempo. Levantando a visão foi que cai na real do que realmente estava vivenciando, algo que outrora seria impossível, eu estava cara a cara com alguns de meus pavores.

Estava totalmente acinzentado o céu e eu encarava os raios que rasgavam de cima a baixo da terra. A cada trovão um novo fôlego que era puxado no intervalo dos mesmos e os relâmpagos não cessavam e dava uma impressão de que eu era o único protagonista daquele temporal. A chuva caia em minha direção e enchia meus óculos de respingos e embaçava a visão o que não foi suficiente pra atrapalhar aquele espetáculo muito menos a emoção que eu sentia no momento. Era algo sublime, pra comparar era como escalar uma montanha e ficar no topo do mundo, foi como se perder e se encontrar ao mesmo tempo de fato algo indescritível.

Após uns quinze minutos, a tempestade se foi, surgiu o sol que aos poucos esforçava-se para iluminar algumas áreas quando repentinamente formou-se algo profundamente belo nos céus, algo que realmente meu ser não esperava naquela tarde nublada. No meio do céu surgiu um grande arco-íris que nascia de lado a lado do horizonte, o que tornou aquele momento tão belo quanto da tempestade presenciada, me sente como uma criança boba quando vê algo de novo diante de seus olhos.

A vida nos brinda com esses momentos de temores e alegrias, desafios e conquistas e vivemos tão apressados mais ainda programados, pra respirar, pra acordar, pra dormir enfim pra viver que isso tudo acaba ás vezes passando despercebido. Mas eu sei que aquela tarde significou mais que um dia pra min, creio que fui privilegiado pois venci meus temores e alem de vencer eu realmente vivi e pude sorri em meio aquele temporal. E para aqueles que nunca vivenciou tal realidade, achei por bem fazer uma bela historia para que ao menos me entendam e possivelmente vivam por min.

“É quando ninguém se preocupa com a chuva que surge o arco-íris”-L.S.B.

Metamorfose

“Não convém ficarmos parados em meio as tempestades, ainda que surta poucos efeitos vale a pena agir, porque existe algo a nossa espera depois que tudo se acalmar. Mas estar em um local melhor no fim é tão honroso quanto o desejo de caminhar”

Metamorfose

Em uma noite sofri uma transformação, que sim sem dúvida podemos chamar de Metamorfose, posso falar que dormi uma pessoa e acordei outra, com novos pensamentos, idéias e metas, não que as antigas fossem insignificantes, mas as atuais eram mais valorosas a ponto de levar-me a encarar algumas mudanças no meu ser.

No carnaval desse ano resolvi ir a uma ilha, acompanhado de minha tia sai na Sexta e pretendia voltar na quarta, mas acabei voltando na segunda. Por algum motivo na noite de domingo quando me deitei não me senti bem, não falo fisicamente, mas era algo no interior, algo que me incomodava e eu não sabia ao certo dizer o que e menos ainda o porque. Desejei ir ao mar, mas já era tarde e resolvi refletir sobre o que eu estava sentindo. Acabei notando que essa viajem seria mais que um lazer e sim uma terapia, tinha a certeza que sairia dali mais com lições do que com lembranças e durante minha reflexão acontecia uma certa transformação de idéias ao qual eu não esperava contudo cedia aquela realidade.

No dia seguinte acordei com um ar de mudanças em todos os sentidos de minha vida, posso falar que acordei outra pessoa, acordei feliz, sem medos, confiante que tudo ia dar certo, enfim com pensamentos mais que positivos. Há verdade é que os lugares podem até mudar as pessoas mas não sana os nossos problemas, é aquela idéia de teatro em que muda-se o cenário mas o enredo é o mesmo, os problemas estão ali e você será a mesma pessoa em qualquer lugar do mundo.

Eu estava naquele local me esforçando pra me divertir e passar o tempo, mas era sabido que eu andava cheio de problemas, quando inesperadamente eu desejei voltar pra casa decide que não ia mais ficar ali. O primeiro desafio era despedir de meus tios, pois não queria fazer certa desfeita, mas não foi uma tarefa tão difícil porque eu sempre tentei atender os gostos do meu coração, não iria mais ficar ali sem vontade e foi o que fiz.

Após despedir-me deles cheguei ao cais e peguei um barco médio, aparentava ter seus oito metros, era pintado com duas cores branco e azul que o caracterizava a alguns metros de distâncias, na proa lia-se MARÉ DE PRATA que identificava o barco. Em meio à brisa que sem muito esforço era sentida, pude afirmar que aquele estava sendo o momento mais importante da minha viajem e confessando eu estava mais feliz com a partida do que com a chegada.

Sentia-me demasiadamente bem naquele barco, e ao ligar dos motores senti o meu coração vibrar, eu queria mesmo era chegar a casa, entretanto aproveitei a imensidão do mar pra relembrar do que havia deixado naquela ilha, e o que me chamou atenção era que eu olhava apenas pra frente embora a beleza daquele lugar fosse tão significativa pra mim, não me recordo de ter olhado para trás.

Ainda analisando eu observava como as ondas se encontravam uma com a outra em um sentido harmônico e continuo parecendo até que elas estavam a se abraçar, e a medida que o barco avançava os raios solares alcançava novas áreas criando uma certa luminosidade, não tão intensa mas certamente nobre o que me dava a idéia de estar mesmo em uma MARÉ DE PRATA .

Pra descrever eu estava vestindo uma camiseta verde e um shorte preto simbolizando a esperança e o luto, luto de ter deixado alguém ou um ser para trás, pessoa essa que precisava acreditar mais em si mesma e não apenas pensar mas agir em busca de suas metas e idéias. Diante disso tive a certeza de que eu havia mudado e pra melhor, e em meio a tantas pessoas que não acreditavam no meu potencial eu já me sentia um vencedor.

Após trinta minutos a viajem encerrou-se, sai do ou da MARÉ DE PRATA com mais vigor do que quando havia entrado e fui em direção a minha casa, porem antes passei por uma ponte, foi o primeiro lugar em terra firme que pisei após aquela nostalgia. Pra combinar com a camisa dei o nome de Ponte da Esperança, pois simbolizava o final daquela metamorfose. A ponte era razoavelmente grande, devia ter seus vinte metros. Ao lado esquerdo avistei um muro que separava duas praias, em uma placa no muro lia-se “Entrada proibida, Propriedade da União, MARINHA DO BRASIL” e ao lado direito havia inúmeros banhistas curtindo o feriadão naquela bela praia. Continuei minha caminhada sabendo que de agora em diante aquela ponte ia valer algo pra min, pois ficou a esperança de não mais voltar á ser o que se era, ficou a esperança de que tudo realmente ia dar certo e nada mais ia me parar após aquele dia.

Depois de pegar o coletivo e andar um pouco com muita apreensão cheguei a casa, recordei-me que não tinha a chave da porta e temi não haver ninguém pra que eu pudesse entrar, mas quando olhei pelos vidros embaçados da janela avistei minha tia olhando-me e indo abrir a porta. Quero enfatizar que não fui recebido normalmente, o semblante dela era de imensa felicidade e resolvi perguntar:

-Estava me esperando?

Ela respondeu convicta demonstrando sinceridade:

-Eu sabia que você viria hoje!

Não posso negar que fiquei perplexo e mais ainda pensativo, francamente eu sempre acreditei na idéia de que existe certa ligação entre algumas pessoas, encarei isso tudo como um sinal de que nada realmente é por acaso.

Ao entrar em casa dei por consumada a minha metamorfose, esse foi um dia impar em minha vida, em que tudo mudou, e por entre as mudanças sentia-me sim uma nova pessoa capaz de buscar o que sempre quis ser: um vencedor. De fato eu segui meu coração e poderia ter renegado tais desejos que me veio subitamente naquela ilha, mas eu bem sei que precisava por algumas coisas no lugar e sempre acreditei que nada muda enquanto nós não mudarmos.

Em suma o mundo nos concebe inúmeras oportunidades para alcançarmos novos horizontes e para se chegar a um local melhor haverá sempre sacrifícios. Assim como minha tia me esperava os nossos objetivos também nos espera e a vontade de caminhar tem que ser suficientemente grande para desprezar as barreiras e empecilhos postos em nossas jornadas, então será sempre válido viver acreditando em um lindo resultado, pois de certo existe uma recompensa após uma árdua caminhada.

“Quanta miséria e desatino temos de passar para chegar a casa! E não temos ninguém que nos guie, a não ser o nosso desejo de chegar.” Herman Hesse

Querida Insônia

Um silêncio infernal paira aqui, faz frio enquanto escrevo, consigo ouvir o barulho do lápis atritando-se no papel. Já é tarde, são 4 da manhã e os galos já cantam aqui nessa pacata cidade. Fecho os olhos tento sonhar, imaginar e pensar em um mundo “perfeito”, mas infelizmente, isso não existe. Até posso imaginar, mas nesse momento não quero me apegar a farças.

Então quero imaginar o real. Ahh! Agora sim, um mundo imperfeito onde vive uma colônia de pessoas ingratas a vida, agindo de injustiça com o mundo. Pessoas acordando com semblantes apáticos diante de mais um dia pra se respirar. Outras virando o rosto para os sedentos de pão, sem saber ao menos o dia de amanhã, e talvez por não saber o dia de amanhã, negligenciam o hoje.

E no meio à pensamentos, ouço um grito de reclamação:

“-Mãe, odeio essa comida!”

Depois, de bem longe, ouço um novo grito que me parece mais triste:

“-Filho, não tem comida hoje”

Ainda pensando, contemplo algumas outras pessoas humilhando outras, discutindo com pais e mais reclamações da vida, do mundo enfim de tudo. E vou eu perdendo-me no meu real pensamento, e provando um pouco do caos no qual a humanidade foi se parar.

Confesso que pensei, pensei. Quando minha imaginação esgotou-se. Senti-me tomado por um grande vazio, uma grande tristeza. Eu queria mesmo que isso tudo fosse um simples pesadelo. Mas não esperava que fosse tão real a ponto de repetir-se todos os dias pelas lentes desse mundo doentio.

Resta-me a agradecer. Ainda vivo em um país no qual posso sorrir e as mazelas não são suficientes para me desanimar. Enquanto muitos, um pouco longe, provam da ira da natureza e do sabor da miséria.

Fico eternamente grato por poder respirar..

Pra confessar estou feliz, quis muito repousar, descansar, mas já me basta essa querida insônia. Afinal, eu bem sei que muitos a dias não dormem.

“O nosso fôlego de vida deveria ser o maior motivo para agirmos de gratidão com a vida” L.S.B


“Alguns relacionamentos são bem como balões, que sobem com grandes expectativas e repletos de planos e sonhos. Mas por algum motivo, talvez por imaturidade ou por ignorância e com certeza por fruto do destino, muitos deles caem encontrando apenas o chão e isso é apenas o início do drama de muitos que um dia se entregou”

O Balão que retornou

O nome dela era Carina, uma garota meiga, inteligente e extremamente educada e carinhosa. Chamava atenção com sua altura e com um corpo bem modelado, por isso muitos a desejavam, mas apenas um garoto conquistou o coração da garota. O jovem Carlos a cativou com seu jeito de ser. Ela surpreendeu-se de como as coisas estavam surgindo e contribuindo para a cada dia se apaixonar pelo garoto.

Tudo realmente parecia perfeito e ela decidiu entregar o coração ao jovem, surgiram belas palavras, grandes promessas, momentos que logo logo se tornaram marcantes e que fazia com que ela a cada dia acreditasse que realmene estivesse encontrado o homem de sua vida.

Passou-se dois anos, e a garota precisou se mudar para um local distante, em busca de uma vida melhor, e conversou com o Carlos que aceitou a realidade e afirmou que iria continuar o namoro pois segundo ele suportaria essa barreira.Sempre ela ia revê-lo pra matar a saudade que a sufocava, criava planos e ansiava essa historia um dia mudar.

Mas em um dia o jovem Carlos liga pra ela e a diz uma noticia inesperada, diz que quer terminar e verdadeiramente nuca amou ela. A garota abalada resolve ir até a cidade pra por essa história a limpo o que ela não esperava era chegar na cidade e descobrir que ele já estava com outra. Ao saber dessa realidade a garota se encontrava mais arrasada do que antes, sentiu-se como um nada e provavelmente acreditava estar em um pesadelo. Oprimida e desacreditada na calada da noite encosta a cabeça no travesseiro e apenas chora sentindo o buraco que em seu coração se formou, ela se esforça pra falar algo e sai uma frase com fonemas embaralhados “Porque ele fez isso comigo”?........

Quem me dera que essa história fosse única....

No início realmente tudo “parece” ser belo e bem fácil de se acreditar. Todos os fatos contribuem para rapidamente surgir um novo relacionamento: o primeiro olhar, os encontros inesperados, palavras conquistadores que com facilidade roubam o coração de alguém. E lá se vai mais um coração em mãos erradas, mas um cordeiro entregue a um lobo. Pessoas que na primeira oportunidade esquece-se de tudo que falou pra alguém e destrói um jardim que um dia ele mesmo regou.

Nessa realidade questiono-me: “Nós somos seres descartáveis?” “Ainda existe valor nas palavras do próximo?”

Existe uma parcela de pessoas que já começam com maldade, brincam, iludem e traem. O problema é que não sabemos quem realmente diz ser o que é, diz viver o que se fala, e diz sentir o que realmente senti-se. Em partes nos enganamos e nos deixamos enganar e sem dúvida tomamos atitudes precipitadas. Pensando na idéia de que não domamos o nosso coração muito menos os sentimentos ninguém é mal por terminar um relacionamento, pois gosta-e e desgosta-se a qualquer momento, mas sem dúvida torna-se mal por brincar com os sentimentos. É certo que ainda existe uma grande diferença entre nos entregarmos à pessoas erradas e nos entregarmos à má pessoas, na verdade no fim é tudo uma questão de desencontro.

Diante disso, é bom sermos cautelosos com o nosso coração. Não quero pregar a idéia de solidão até porque isso não implica em felicidade, mas devemos ter mais cuidado em encarar algo sério, ás vezes sabemos tão pouco sobre nós e já nos arriscamos a conhecer o próximo, o que é injusto, pois se não entendemos a nós mesmos como entenderemos o próximo?.

Perde-se tempo mas ganha-se experiência, mesmo com pessoas erradas sempre tira-se uma lição e é chegada a hora de acreditar que estamos vulneráveis a esses fatos. Somos sim jovens imaturos aprendendo a viver, a caminhar e até se esquivar de alguns obstáculos, e a vida nos proporciona isso tudo junto com esses momentos então não há porque pararmos diante desses acontecimentos.

Enquanto a história se repete, nesse palco de lobos e cordeiros, encontros e devaneios, que fazem com que os corações se encontrem e separem-se eu vejo-me aqui em baixo de uma árvore, bem próximo de um rio, questiono-me: “O que é o amor?” eu seria muito infeliz em responder essa pergunta até porque não considero-me justo levando em consideração meu coração enganoso, mas até onde minha razão permite-me ir, afirmo que ele é muito além do que dizem o ser por aí, de fato ele pode ser a única solução para o drama deste mundo porque se todos que dizem ter sentimentos o conhecessem um pouco o mundo não estaria como está. O que mais me alegra é saber que ele não é fruto de nenhum cálculo e que a qualquer momento ele pode florescer em nossas vidas.

Não muito longe daqui, na outra margem do rio, avisto um casal preste a voar em um balão, a princípio parecem estar felizes com o sorriso que estampam, o balão sobe até perder de vista mas não demora muito surpreendo-me com o balão retornando e violentamente chocando-se ao chão, quando ouço gemidos acompanhado de choros mas não precisa chegar muito perto para saber que mas uma vida o amor não alcançou.

“Acreditar no que não se vê é uma questão de opção e de fé, esquecer o que um dia se viveu é uma questão de determinação e coragem, portanto desacreditar no que te fizeram crer é mais difícil do que confiar no que nunca se viu.”

Lucas Silva Braga.

Relatos de um combatente

A tarde inicia-se e o relógio marca 13:00 hrs. Olho mais a frente em meio as pedras, escombros e feridos, vejo alguns corpos tombados por projéteis, muito antes de alcançarem seus alvos. Vidas que se foram com erros e, mais ainda, com acertos. Soldados fiéis, valentes e nobres.

Bummmm..... disperto-me por 1 míssil que atingiu um possível amigo, a 30 metros à direita. De longe, parece-me ser conhecido. Corro em meio a pedras com cautela pra não ser o próximo alvo. Alcanço o corpo e fito seus olhos em um momento de agonia com a alma já a partir. Presencio mais uma morte, não só de um guerreiro, mas de um grande companheiro que um dia me ensinou.

De fato, foi uma conseqüência de um audaz infante, que logo cedo optou em ser militar. Um grande guerreiro que seu berço deixou por amor a pátria, em defesa de um povo e pra garantir a vida da maioria que ficou. Com coração valente lutando até o último fôlego por amigos e inimigos que um dia encontrou.Tomado por um momento de emoção, permito-me escorrer algumas lágrimas quando em meio a gritos ouço a Voz do capitão soar:

-“Fomos pegos de surpresa”

Percebo que a missão termina pra uns, mas prossegue pra outros, e que pra quem vive em uma guerra a morte é apenas um resultado nunca temido mas esperado. De repente são lançadas algumas granadas em nossa direção e, por alguns momentos. fico atordoado com alguns estilhaçoes que me alcançam.Tento olhar por uma pequena fenda na parede o que está a me esperar. Vejo o exército inimigo maiores em numero e com sede de sangue a nos alcançar. Novamente soa a voz do capitão, neste momento com mais vigor:

-“Avançar!”

Mais que heróis, os soldados são eternos. E mais que eternos, eles são inspiradoes. Puxo o Dog Tag que se lê: “Sgt.Wolf”, guardo no bolso.Impunho minha Fal. Ergo a cabeça e levanto pra acertar: nessas alturas pior não poderia ficar. Sim ainda desejo a alvorada viver, mas o que importa agora é combater. Feridos, cansados mortos ou vivos, a missão temos a cumprir.

E se um dia ouvirdes historias de vitórias e atos heróicos, sabeis que foram relatos de bravos soldados que lutaram para a morte um dia não encontrar.

“Que o Senhor dos Exércitos esteja ao nosso favor”

“Acredito que as almas dos soldados que se vão repentinamente permanecem contemplando o seu exército guerrear, só depois então elas descansam em paz” L.S.B

BRASIL ACIMA DE TUDO

ABAIXO DE DEUS.

“Se te mostrares fraco no dia da angústia, a tua força é pequena.” Pv.24:10

Sentinela



Sentinela

Como eu queria repousar e acordar em um futuro próximo

Nem que fosse por apenas um dia

Seria um dia de paz, lembranças e alegria

Um dia de acampar em um lugar seguro e esperado

Um dia de não temer o alto mar, a vasta selva e os áridos desertos

Poderia chorar com alegria e pular até se cansar

Poderia olhar com olhos imaturos a maré de março, e espera-lá se acalmar

Como eu queria estar longe daqui

Nem que fosse por apenas um dia

Está longe do presente que me surpreende pelas costas

Longe de uma paura que sufoca minha trajetória

Longe de dias que não terminam quando se quer descansar

Anos que se vêm e se vão, mas tudo insiste em ficar

Muito longe dessas guerras que não se explicam nem se esperam acabar

Quanta dor, Oh quanta dor! Pois não posso repousar muito menos acordar

Ah sim, é verdade ainda estou aqui de sentinela sentindo o frio da noite e a maresia me alcançarem

Hoje não posso dormir nem pestenejar

Nem que fosse por apenas um dia queria muito descansar

Mas espero com vigor a alvorada desse dia chegar

“Sonhar pouco é esconder seu potencial,

Pra quem sonha muito não há limites para voar”.

Lucas Silva Braga